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Formado basicamente por pequenas empresas, indústria da moda está amadurecendo na gestão e na inovação |
A definição de moda como identidade cultural, artística e comportamental de um país é ampla. No Brasil, ainda mais. Pelo tamanho e importância, o setor é uma potente locomotiva da economia nacional que estima faturar algo em torno de R$ 135,7 bilhões em 2012. São aproximadamente 30 mil empresas formais, boa parte delas de pequeno porte, apenas na cadeia têxtil e de confecção.
Apesar dos números, o mercado da moda no Brasil encara um desafio proporcional ao seu tamanho. Por meio do amadurecimento da gestão, tenta aparar arestas que ficaram abertas por falta de investimentos em inovação e por uma cultura voltada para o mercado externo.
Oportunidades
A busca por avanços de toda a cadeia produtiva do setor de moda beneficia diretamente as pequenas empresas. Se estiverem estruturadas para atender uma demanda maior, há oportunidades na indústria têxtil, com o desenvolvimento de tecidos mais sofisticados e modernos; na confecção para grandes players do varejo, que podem internacionalizar suas marcas, e até no fornecimento de artesanato para compor coleções de grandes grifes. Pensando nisso, a meta estipulada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) é promover o quanto antes uma integração maior da cadeia produtiva e, dessa maneira, competir de igual para igual com o mercado estrangeiro, principalmente o asiático.
Alguns aspectos, como inovação e sustentabilidade, são essenciais para a moda brasileira voltar a seduzir o mundo. Na moda, usar a criatividade é fundamental. O requisito, básico para a concepção e desenvolvimento de novas coleções, também tem outra função para pequenos empreendedores que decidem investir no setor: a sobrevivência das marcas.
Estilistas à frente de empresas de pequeno porte atuam em um setor que trabalha para atender a produção em massa e, por isso mesmo, precisam buscar alternativas originais para ganhar competitividade em um segmento onde as grandes marcas já estão organizadas e amparadas por fundos de investimentos.
Uma das saídas para os donos de pequenos negócios é unir-se com outras empresas, garimpar oportunidades no setor e adaptar-se às coleções que serão produzidas.
Fonte: Diario do Nordeste