Ação do Dezembro Laranja verifica mais de mil pacientes no RS para prevenção ao câncer de pele. O mutirão de atendimento foi realizado em sete municípios gaúchos.
Campanha foi realizada pela SBD-RS no dia 3 de dezembro de 2022 e contabilizou 1380 atendimentos em sete municípios gaúchos.
A iniciativa desenvolvida no Rio Grande do Sul, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS, tem como objetivo alertar a população para importância da prevenção do câncer de pele e encaminhar pacientes com lesões suspeitas. Médicos e profissionais voluntários, prestaram atendimento gratuito com foco destinado de forma específica para lesões suspeitas de câncer de pele. A presidente da SBD-RS, Analupe Webber, reforçou a importância de manter um acompanhamento médico tanto para prevenção quanto para o acompanhamento dos casos.
"É muito importante que as pessoas que tenham lesões suspeitas de câncer de pele sejam avaliadas por um dermatologista. No Rio Grande do Sul, como temos muitas pessoas com pele clara e de origem europeia, temos uma incidência elevada. Então, é fundamental que seja feito o auto-exame das lesões e procure o posto de saúde sempre que houver uma suspeita", afirmou.
Os casos identificados durante a campanha serão inseridos no sistema de saúde municipal para que possam ser feitos exames posteriores e eventualmente cirurgia, dando a conduta adequada para cada paciente.
A coordenadora do Dezembro Laranja 2022, Sabrina Sanvido, reforça cuidados importantes que são necessários na prevenção.
"A prevenção deve acontecer durante o ano todo. Claro que nesta época do ano, a incidência da irradiação ultravioleta aumenta muito e por isso é importante reforçar a orientação de que as pessoas evitem a exposição solar no horário entre 10h e 15h. Além disso, é recomendado sempre usar cremes, filtros ou geis com fator de proteção no mínimo 30. Roupas, acessórios e chapeu também ajudam na proteção", disse.
A campanha de 2022 ressalta o fato de que qualquer pessoa pode ter câncer, desfazendo um mito de que apenas precisamos nos proteger do sol, quando vamos à praia.
"Muitos pacientes são agricultores. Pessoas que trabalham a vida inteira no meio rural se expondo ao sol. Esse perfil apresenta um número muito elevado de câncer de pele. Salientamos que pessoas negras também podem ter câncer de pele e também que os cuidados precisam ser iniciados já na infância", disse.
Como foi a campanha
No Ambulatório de Especialidades do IAPI foram realizados 150 atendimentos com a participação de 40 voluntários entre médicos e Residentes. A fila foi formada já na primeira hora da manhã. Nilva Saalfeld, de 63 anos moradora de Porto Alegre, ilustra um caso que tem sido muito recorrente de acompanhamentos que deixaram de ser feitos no período da pandemia.
"Estou com um problema de pele e venho tratando há muitos anos. Parei de me tratar por causa da pandemia. Não consegui me cuidar como deveria, mas agora quero começar tudo de novo e fazer a coisa certo. Vai ter solução", disse.
O caminhoneiro Jorge Luis Martins, de 67 anos, veio até o Posto do IAPI preocupado com uma ferida na cabeça.
"Descobri que tinha o mutirão e vim aqui hoje. Tenho uma ferida na cabeça, na parte de cima, e outros dois ferimentos na região do pescoço. Então, achei importante investigar", disse.
A cidade com maior número de atendimentos foi Santa Cruz do Sul, com um total de 500 pessoas. A ação foi realizada no Hospital Ana Nery. Na Zona Sul do estado foram concentrados 200 atendimentos em Pelotas no Centro de Especialidades da UFPEL. Uruguaiana contou com a ação na Universidade Federal do Pampa, onde foram mais 200 pacientes verificados. Na Serra Gaúcha, 150 atendimentos foram feitos em Caxias do Sul no Centro Clínico da UCS. Na cidade de Passo Fundo, a ação ocorreu na Universidade Federal da Fronteira Sul com mais 150 atendimentos. Por fim, em Canoas foram realizados trinta atendimentos no Hospital Universitário da Ulbra.
Redação e coordenação: Marcelo Matusiak
