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Professora comenta sobre a história do breaking, e lista motivos para praticar essa modalidade. Foto: Divulgação |
O começo do estilo de dança conhecido como breaking tem algumas divergências entre que o estuda, mas a maioria dos estudiosos acreditam que ele surgiu na metade dos anos 70 no bairro Bronx, em Nova York, nos EUA. O termo "Break" vem da música que os DJs tocavam nas festas de rua e que tinham diversas fontes de inspiração, como o soul, funk, jazz e músicas latinas.
O trecho denominado como break é o de maior impacto na música, sendo este o momento em que as pessoas entravam na roda para dançar. Segundo Ingrid Teles, que é bailarina desde os 12 anos, e pratica diversas modalidades diferentes de dança, esse estilo se caracteriza pela preparação diferenciada que o acompanha. "O breaking começa pelo Top Rock, que são passos de funk estilizados. Após isso, é a vez do Foot Work, que é o trabalho realizado pelos pés movimentando o corpo circularmente com o apoio das mãos. Por último vem o Freeze, que é a finalização da dança de cada um", explica.
Ela, que atua, presentemente, como dançarina, professora, enquanto participa de diversas competições, esclarece que, mais do que um estilo de dança influenciado por diferentes ritmos, o breaking sempre esteve associada às culturas negras e latinas. "É evidente que, atualmente, pessoas das mais diversas etnias e descendências praticam essa dança, mas, sobretudo na década de 70 nos Estados Unidos, essa cultura da rua se estendeu e adentrou na vida das pessoas, como uma forma de identidade", fala.
Ingrid, que estuda diversas modalidades de dança, afirma que o breaking, além de ser uma forma de se expressar, é uma maneira, também, de manter a forma. "Todo seu corpo trabalha ao fazer os movimentos, tonificando músculos das pernas, braços e abdômen, além de fortalecer a região da coluna vertebral. Então, além de ser prazerosa, essa forma de dança também é funcional", comenta.
A professora finaliza, lembrando que, apesar de ser um estilo conhecido mundialmente, não é fácil encontra-lo em escolas de dança no Brasil. “Pelo nível de dificuldade e pouco conhecimento sobre esta modalidade, não é comum encontrar essa modalidade em academias de dança. Normalmente, o que existem são aulas que ensinam passos parecidos com o breaking, mas misturados a outros estilos em aulas de danças urbanas. Em Curitiba, eu dou aulas para jovens que estejam interessados em aprender esse estilo, e acho difícil não se apaixonar por ele, além de ser uma tentativa válida para todos que procuram uma nova forma de se expressar e divertir", conclui.
Serviço: Ingrid Teles