 |
Em 22 de setembro comemora-se o Dia da Juventude no Brasil - e, sabendo disso, especialista comenta sobre o aumento das cirurgias plásticas nessa faixa etária. Foto: Divulgação |
Muitos jovens procuram por cirurgiões plásticos a fim de corrigirem pequenos incômodos no seu corpo e face – mas muitos pais ainda são contra intervenções estéticas em seus filhos. Porém, apesar da possível insatisfação dos pais, o número de cirurgias plásticas em adolescentes entre 2008 e 2012 quase triplicou, o que prova o grande aumento desse público nas clínicas cirúrgicas.
Desde o comum problema com a acne até a questão física – as mulheres encorpam mais e os meninos as vezes sofrem com a ginecomastia (aumento das mamas), - são vários os jovens que não estão satisfeitos com a sua aparência e desejam, mesmo que de forma sutil, alterá-la. Mas essa é a melhor hora para recorrer às cirurgias plásticas? O Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR, responde.
O cirurgião comenta que podem existir cirurgias que mexem com a saúde dos jovens, mesmo que psicológica. Nos meninos, as mais procuradas são as de orelhas de abano e ginecomastia. “A ginecomastia, condição que leva ao crescimento de uma ou de ambas as mamas nos homens, é bastante frequente nessa idade. Essa é uma cirurgia bastante indicada porque permite que o adolescente pare de se sentir com vergonha de tirar a camiseta, por exemplo – e essa é uma sensação muito importante quando se está nessa faixa etária: o sentimento de ser normal e pertencer a um grupo”, destaca Pacheco.
Já para as meninas, procedimento que pode ser importante para melhorar a saúde física e psicológica é a mamoplastia – redução das mamas. “No âmbito físico, o tamanho exagerado das mamas pode gerar sérios problemas na coluna caso a cirurgia seja feita muito tardiamente. Já no psicológico, existe toda a questão da autoestima da menina, que pode se sentir envergonhada por ter seios muito grandes para a sua idade, e, por isso, não conseguir usar um biquíni ou roupa ‘normal’,” diz Pacheco.
Agora, quando o procedimento é motivado apenas pela vaidade, é preciso tomar um cuidado extra. “Tudo tem que ser muito bem avaliado pelo médico, e esclarecido entre o adolescente e a sua família. O jovem é apressado, quer tudo para ontem, e muitas vezes precisa ouvir um ‘não’ – atitude que muitos pais não têm”, exalta.
Antes de qualquer cirurgia é preciso entender o motivo que levou o jovem a optar por esse caminho. “O procedimento estético não pode ser uma forma de mascarar um problema emocional, por exemplo – e isso é algo comum”, alerta Pacheco. Por isso o diálogo é tão importante.
O jovem precisa ter expectativas realistas da cirurgia plástica – e isso é responsabilidade do médico. “Precisamos deixar claro que não fazemos mágica, e sim tratamentos que visam conquistar a harmonia corporal”, ressalta. Por isso, antes de qualquer tomada de decisão, é preciso muita conversa e opiniões de diferentes profissionais para decidir o que será feito. A avaliação prévia evita falsas expectativas, ajuda no entendimento do procedimento e cria uma confiança mutua entre paciente e médico, aspecto importantíssimo para a realização da cirurgia.
Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
Email: plastica.pacheco@yahoo.com.br
Fone: (41) 3022-4646 e 4141-4424
Endereço: Rua Augusto Stellfed, 2.176, Champanhat, Curitiba/PR.