Vamos voltar no tempo? Estamos nos anos 90 e precisamos anunciar o lançamento de um novo produto. Dentre as opções de meios de comunicação disponíveis para isso temos: televisão, rádio, jornal, panfletos, outdoor e um meio chamado internet, que está crescendo. Hum, quantas opções.
Agora, de volta a 2011, todas essas opções ainda existem para a divulgação de um produto, porém, a internet cresceu tanto, que muitas empresas deixaram de anunciar em grandes meios de comunicação para investir nela ou, em vários casos, começaram a anunciar seus negócios.
O que mudou
Dados do IAB de janeiro de 2011 apontam uma participação de 10% da internet no volume de investimentos em publicidade no país até o fim do ano. De uma promessa, a internet se tornou uma realidade viável para grandes, mas, especialmente, médias e pequenas empresas, que podem anunciar e vender com custos menores e comunicação segmentada.
Com um grande ciclo de inovações, a iInternet se renova e cresce ano a ano. Mais velocidade de conexão, sites mais atraentes, mídias e redes sociais, vídeos, mobile, e-mail marketing, e-commerce, geolocalização e social commerce são apenas algumas das inovações que a internet trouxe para empresas e consumidores.
Nichos de mercado e a internet
Uma das principais vantagens da internet frente aos meios de comunicação de massa tradicionais é a segmentação de interesses. A Cauda Longa e os nichos de mercado apontados por Chris Anderson no Livro “A Cauda Longa: do mercado de massa para o mercado” são apenas um indício de que a comunicação e o marketing precisam se renovar para atingir públicos distintos.
Tecnologia e segmentação
Há alguns anos, saber onde seus clientes moravam, sua idade, sexo e nome eram tidos como suficientes para a segmentação de campanhas na internet. Porém, o consumidor mudou e suas preferências também. Como o volume de informação e mensagens que os consumidores recebem cresce de forma vertiginosa, filtros de conteúdo são aplicados pelos internautas com o intuito de receber apenas informações relevantes. A tal da Economia da Atenção.
Esse é um dos principais problemas do e-mail marketing, que hoje é visto com maus olhos pelos consumidores. Praticamente sem critérios, muitas empresas enviam mensagens em massa para bases de contatos sem nenhuma segmentação. Além de oferecer mensagens sem valor algum, incomodam com um marketing invasivo.
Novo e-mail marketing
Com o crescimento de uma web mais colaborativa e social, impulsionado pela aderência às mídias sociais, o novo consumidor também faz parte da conversa e quer informações relevantes.
Ferramentas de behavioral targeting, como o IntelligenceMail da eBehavior, estão ajudando a revolucionar o e-mail marketing que conhecemos. Agora, junto aos dados demográficos dos consumidores, novas tecnologias ajudam a entender como esse consumidor se comporta e o que ele quer na internet ou no site de empresas. Com a utilização de novas tecnologias, o e-mail marketing, tido como o vilão da internet, está ficando mais social, mais interativo e acompanhando as demandas do mercado.
Entender o perfil e o comportamento desse novo consumidor, entregar mensagens relevantes e que tenham a ver com o que ele procura constituem um grande salto em busca da melhoria na utilização desta importante ferramenta para o marketing online: o e-mail marketing.
Iguais, mas diferentes
Em qualquer período, seja em 1990 ou 2011, as pessoas fazem parte de grupos. Seja de acordo com a região do país em que moram, idade, sexo ou data de nascimento. Todas podem ser classificadas de acordo com dados genéricos.
Porém, obviamente, dentro desses grupos há pessoas completamente diferentes, mesmo inseridas em grupos. Com novas ferramentas, é possível conhecer as particularidades de cada uma dessas pessoas e, com isso, entregar sempre mensagens relevantes e próximas ao que elas procuram, gostam ou estão interessadas.
Personalização
Uma das “armas” da internet é permitir a personalização da comunicação, algo que os meios de comunicação de massa não conseguem. Isso é possível devido ao grande volume de sites, serviços e comunidades, que abrangem os mais diversos tipos de interesses. Por isso, se comunicar com nichos é mais fácil pela web.
Quando o assunto é e-commerce, mensagens personalizadas de e-mail marketing podem ser responsáveis por até 66% a mais no volume de conversões do que e-mails sem personalização. É o que afirma André Franken, Diretor Geral da eBehavior. Segundo André, em uma campanha com e-mails personalizados, o Bondfaro obteve a incrível taxa de 66% de conversão, frente às campanhas não personalizadas.
Por isso, é importante entender que: mesmo com bases segmentadas, as preferências de cada cliente são únicas, mas, felizmente, hoje é possível conhecê-las e saber exatamente em que o seu consumidor está interessado.
Por esse motivo, personalização de mensagens e, até mesmo, um toque humano no marketing são tão importantes. Afinal, todos sabem que nem todo brasileiro gosta de futebol e samba, apesar de muitas empresas ainda entenderem que mesmo pertencentes a grupos, todos são iguais.
A internet permite entender seu consumidor, saber o que ele procura e, quem tiver a ferramenta certa, vai sair na frente. Ser só mais um na multidão é algo que o consumidor moderno não quer. Depois de décadas de mídia de massa, chegamos à era do marketing 3.0, aquele em que o fator humano e social estão em evidência.
Por
Camila Porto de Camargo
iMASTERS
http://imasters.com.br/artigo/21999/midia-e-marketing-digital/o-novo-comportamento-do-consumidor-e-a-necessidade-de-personalizacao-no-ambiente-digital