Paco Rabanne, pseudônimo de Francisco Rabaneda Cuervo, (Pasaia, País Basco, 18 de Fevereiro de 1934) é um estilista espanhol radicado na França. Na história da moda, Paco Rabanne ficou famoso por suas roupas futuristas, que fizeram o guarda-roupa das moderninhas na década de 60. Sua grife é sinônimo de perfumes campeões de vendas. Hoje em dia, a moda Paco Rabbane não existe mais, mas a marca continua muito forte com seus perfumes, relógios e óculos.

Paco Rabanne nasceu no dia 18 de fevereiro de 1934 na cidade espanhola de San Sebastian com o nome verdadeiro de Francisco Rabanneda y Cuervo. Ainda enquanto jovem, a sua família mudou para França, na região da Bretanha, onde esteve exilada a partir do momento em que o ditador Franco tomou o poder na Espanha. Enquanto a mãe se tornou uma colaboradora do conceituado estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, Paco, então com 17 anos, se inscreveu no curso de arte do departamento de Arquitetura da Universidade de Paris, onde se licenciou três anos depois. O espanhol, contudo, optou pela moda e deu os primeiros passos no mundo da alta-costura como produtor de botões, em casas renomadas como Dior, Givenchy, Nina Ricci e Balenciaga. Depois, vieram os bordados, que revolucionavam o que existia na época, com seus desenhos geométricos, sapatos, que desenhou para Charles Jourdan, e gravatas, desenvolvidas para Pierre Cardin.
Em 1964, se tornou independente e começou a criar suas próprias peças de vestuário, lançando seus primeiros vestidos experimentais, feitos de materiais contemporâneos. Ainda neste ano, Paco Rabanne foi o primeiro estilista a escolher modelos negras para desfilar nas passarelas. Dois anos mais tarde, apresentou uma coleção muito original, sugestivamente chamada “12 vestidos impossíveis de usar em materiais contemporâneos”. Desde essa época, Paco Rabanne revolucionou por várias vezes as tradicionais tendências da moda, por recorrer a materiais pouco usais na confecção de roupa como o plástico, couro fluorescente, alumínio, papel, cabos de fibra ótica, penas de avestruz, puxadores de portas, correntes metálicas, entre muitos outros.

Logo surgiram críticos diante de tanta inovação. A diva Coco Chanel o chamou de “metalúrgico”, criticando as desconfortáveis criações do estilista basco. A resposta de Paco era que as mulheres devem vestir roupas cômodas, mas para conquistar um homem, não deve haver limites para o sacrifício. Ganhou projeção em 1967, quando desenhou o vestido futurista usado por Jane Fonda no filme de ficção científica Barbarella, de Roger Vadim. A atriz norte-americana passou a integrar, juntamente com as colegas Brigitte Bardot, Audrey Hepburn e Ursula Andrews, o grupo de vedetes que vestiam as criações de Paco Rabanne.
Em 1969 lançou Calandre, primeiro de uma série de bem sucedidos perfumes com a sua marca, que chamou a atenção por utilizar chipre como nota básica, enquanto a moda eram as essências cítricas. Graças às suas coleções de alta-costura, o estilista espanhol recebeu, em 1977, o prêmio Dedal Dourado (L’Aiguille d’Or). Na década de 80, a grife ganhou projeção internacional e passou a ser reconhecida por sua linha de perfumes. Além disso, Paco Rabbane lançou coleções de móveis e toalhas de mesa, linhas de cosméticos masculinos, relógios e óculos. Em 1990, além de lançar sua primeira coleção de roupas para mulheres, a grife inaugurou sua primeira loja em Paris.

Em junho de 1994, para celebrar o seu 60º aniversário e o 30º de sua carreira como costureiro, Paco Rabanne apresentou de uma só vez 200 criações originais. A linha prét-a-porter Paco, destinada a clientes mais jovens foi lançada no mês de novembro de 1997. Em 1999, Paco Rabanne se retirou, quase que totalmente, do mundo da moda ao apresentar as suas últimas criações de alta-costura. A partir daí passou a se dedicar apenas à supervisão de suas linhas de prét-a-porter e sportswear. Nesta época, a grife PACO RABBANE brilhava em letras de prata no mundo inteiro com 140 contratos de licença nos mais variados segmentos.
Após mais de quatro décadas produzindo criações futuristas, ele decidiu encerar sua marca (especialmente a produção de roupas) em 2006 por motivos financeiros. As vendas das coleções da grife despencaram no mercado de moda que, desde 2005, era assinada pelo estilista Patrick Robinson. Coberto de honras e reconhecimento, tendo desfilado no mundo inteiro, de Berlim a Sevilha, ele pertenceu à linhagem dos costureiros-criadores: o importante para ele era criar volumes, modelos únicos concebidos como móbiles no espaço: vestidos “piquenique” enfeitados com talheres de plástico, boleros feitos de tampas de garrafas ou túnicas de plaquetas articuladas. A partir de então, a marca PACO RABBANE, sob propriedade da espanhola PUIG, existiria somente nos perfumes, relógios e óculos. Mas recentemente a marca divulgou que pretende lançar uma linha de bolsas e até voltar as passarelas.
A linha do tempo
1973
● Lançamento do Paco Rabanne pour homme, primeiro perfume masculino da marca.
1979
● Lançamento do perfume Metal.
1981
● Lançamento da coleção de móveis e toalhas de mesa.
1983
● Lançamento da coleção de roupas masculinas.
1984
● Lançamento da linha de cosmético masculina.
1985
● Lançamento dos perfumes La Nuit e Sport.
1988
● Lançamento do perfume Tenere.
1990
● Lançamento da coleção de roupas para mulheres (women’s ready-to-wear).
1991
● Lançamento da linha de acessórios em couro.
1993
● Lançamento do XS, perfume masculino com suaves notas florais.
1996
● Lançamento do Paco, primeiro perfume unissex da marca apresentado em um frasco de material reciclado.
1998
● Lançamento do perfume Paco Energy.
1999
● Lançamento do perfume feminino Ultraviolet. A versão masculina foi lançada dois anos depois.
2005
● Lançamento do perfume masculino Black XS. A versão feminina foi lançada em 2007.
2008
● Lançamento do perfume masculino 1 Million, cujo frasco possui o formato de uma barra de ouro.
2010
● Lançamento do perfume feminino Lady Million, cujo frasco possui o formato de um diamante. A modelo Dree Hemingway é o rosto da nova fragrância.
Ele nasceu em San Sebastian, na Espanha, e seu verdadeiro nome é Francisco Rabaneda-Cuervo. Coco Chanel chamava-o de o "metalúrgico".
Guiado por um fio de prata, esse homem de ferro da costura lançou em 1964 seus primeiros vestidos "experimentais e impossíveis de se usar, feitos de materiais contemporâneos".
Dos modelos em metal aos vestidos de papel, o inventor da armadura dos anos 60 é uma referência para muitos estilistas.
Cerca de trinta anos mais tarde, o figurinista de Barbarella, o personagem de história em quadrinhos de Jean-Claude Forrest interpretado no cinema por Jane Fonda, continua o mesmo.
Em seu ateliê-laboratório, ele continua fiel ao plástico, ao metal e à sua fé no futuro. Seus melhores instrumentos são, além do lápis, as pinças e as soldas...
Sua musa não é outra senão a Joana d’Arc do ano 2000: "uma batalhadora, urna briguenta que domina os homens de maneira espantosa."
Coberto de honras e reconhecimento, tendo desfilado no mundo inteiro, de Berlim a Sevilha, ele pertence à linhagem dos costureiros-criadores: o importante para ele é criar volumes, modelos únicos concebidos como móbiles no espaço: vestidos "piquenique" enfeitados com talheres de plástico, boleros feitos de tampas de garrafas, túnicas de plaquetas articuladas Seu nome brilha em letras de prata no mundo inteiro com 140 contratos de licença.
Na França, sua fábrica de cosméticos, que emprega 150 pessoas, despacha 5.000 toneladas de produtos (do perfume Calandre ao recém-lançado XS) todos os anos.
"O mais belo adorno de um homem ou uma mulher é a inocência", diz ele.
Paco Rabanne é um nome conhecido em todo o mundo. Poucas sabem que as guerras mudaram a vida do estilista. Francisco de Rabaneda Cuervo, seu nome verdadeiro, nasceu em 1936 na cidade de San Sebastian, no País Basca.
A Guerra Civil Espanhola mudou os planos dos Cuervo. O pai de Paco Rabanne era um general e sua mãe uma das fundadoras do Partido Comunista da Espanha.
A mãe do futuro estilista também era costureira-chefe da filial local da casa Balenciaga.
Devido à Guerra, em 1936, toda a família Cuervo se mudou para a França. O pequeno Paco tinha apenas dois anos. Rabanne estudou arquitetura na Escola de Belas Artes de Paris durante 12 anos.
Neste período começou a nascer a vocação para o estilismo de roupas. Os colegas de curso de Paco Rabanne achavam que os edifícios que projetava pareciam-se com vestimentas.
A estréia de Paco Rabanne no mundo da moda foi com inovadores bijuteriase e botões de plástico que criava e vendia para maisons como as de Dior, Givenchy e também Balenciaga.
Depois, vieram os bordados, que revolucionavam o que existia na época, com seus desenhos geométricos, sapatos, que desenhou para Charles Jourdan, e gravatas, desenvolvidas para Pierre Cardin.
Somente em 1965 Paco Rabanne iria criar seu primeiro vestido. Como sempre, inovou.
Paco Rabanne fez um vestido de plástico. Rabanne utilizou diversos materiais para confeccionar roupas como metal, papel com fita adesiva no lugar das costuras e até alicate no lugar da agulha de costura.
Logo surgiram os críticos diante de tanta inovação. Coco Chanel o chamou de metalúrgico, criticando as desconfortáveis criações do estilista basco.
A resposta de Paco Rabanne era que as mulheres devem vestir roupas cômodas, mas para conquistar um homem, não deve haver limites para o sacrifício.
Sua originalidade e elegância atraiu celebridades como a atriz Audrey Hepburn e a cantora Françoise Hardy. Assim como muitos nomes consagrados do mundo da moda.
A inovação também está presente em seus perfumes. Seu primeiro lançamento, Calandre, lançado em 1969, chamou a atenção por utilizar o chipre como nota básica, enquanto a moda eram as essências cítricas.
Logo, vieram sucessos como o Métal, La Nuit, Sport e XS.