Século XX
No início do século XX, com o desenvolvimento da industrialização, a facilidade de locomoção mundial e, por conseguinte, do aumento das exportações, uma grande quantidade de novas e atraentes bolsas passaram a ser comercializadas por toda a parte.
A bolsa já era tratada como um acessório obrigatório, tendo já se transformado num importante bem de consumo. As bolsas tornaram-se um acessório indispensável ao mundo da moda, com novos e diferentes modelos, surgindo em cada estação, especialmente desenhadas para ocasiões especiais e, mesmo, para específicas horas do dia.
No início de 1900, as mulheres começaram a ter uma participação mais ativa na vida diária das famílias. Ainda que muitas das compras fossem entregues e pagas ao domicílio, começaram a surgir grandes bolsas de couro, conhecidas como "bolsas de compras". A invenção do automóvel e a facilidade das viagens de trem foram responsáveis pelo surgimento das bolsas de viagem. Feitas de couro, numa variação das bolsas de compras, estas eram feitas para acompanhar os viajantes e não eram entregues aos carregadores. Por volta de 1900, as bolsas tornaram-se tão indispensáveis às mulheres quanto nos dias de hoje. De lá para cá, passaram a ser, cada vez mais, um objeto de desejo da mulher. O design aprimora-se e criam-se compartimentos para moedas, cartões de visita, canetas, perfumes, etc.
Em 1929, Coco Chanel faz uma bolsa para se usar a tiracolo. O período é de revoluções nas convenções sociais, na moda e no design. A mulher torna-se mais ativa, vai ao trabalho de bicicleta. Inspirado na profissão de “carteiro”, Louis Vuitton cria um modelo de bolsa.
Em 1932, Louis Vuitton cria a bolsa “Noé”, a pedido de um produtor de champanhe que pretendia carregar cinco garrafas na mesma bolsa. Nos anos 50, 60 e 70, os materiais alternativos passam da rigidez para a liberdade.
Anos 2000, a moda sintetiza-se em “be yourself”, refletindo a personalidade de quem usa esse acessório. O importante é ter a bolsa certa, no lugar certo e saber como carregá-la. A bolsa traz grafismos, o símbolo de identificação entre as tribos.
Sempre acompanhando as evoluções da moda, grandes ou pequenas, práticas ou femininas, as bolsas conquistaram seu lugar no mundo da moda de forma irrefutável e definitiva. Foi-se o tempo em que a bolsa só servia para levar um batom à noite ou toda aquela tralha sem a qual mulher alguma consegue sair de casa, durante o dia. As bolsas deixaram de ser coadjuvante na composição do visual e, muitas vezes, têm atingido status de estrelas.