O design pode ser dividido em três grandes áreas de atuação: Design Industrial, Design de Interiores e Design Gráfico. O design de moda é uma divisão do design industrial, reconhecido como característica essencial da atividade comercial e industrial, um elemento de especialização dentro da divisão de trabalho, implícita na produção e nas vendas em massa. Design é a idéia básica de criação de objetos, definida pelo trabalho de um profissional ou equipe de profissionais, ponderando para qual segmento de mercado o produto se destina e qual o uso desse produto por esse mercado.
As limitações da infra-estrutura e máquinas das empresas, deverão ser ultrapassadas e dominadas pela criatividade do designer de moda, expandindo assim, as possibilidades da produção industrial.
No que se refere à criação, a modernidade sustenta, compõe e legitima o design de moda. Ambos apontam para o presente.
Moda é um produto de design e o profissional responsável pela criação e desenvolvimento do produto de moda denomina-se Designer de Moda. Originou-se a partir da necessidade da sociedade industrial criar mecanismos que pudessem fornecer uma lógica à maneira de produzir objetos e informações, a partir da metade do século XIX quando surgiu o projeto industrial, ou seja, o meio através do qual um novo especialista, o designer, passa a controlar o processo que vai da concepção do produto ao seu uso.
Na definição do Instituto Internacional de Design (ICSID), o designer é o profissional responsável em transformar, de maneira consciente e criativa, idéias em formas, através da combinação do trio: tecnologia, materiais mais o contexto social no sentido de satisfazer o ser humano. A síntese das habilidades desse profissional:
• capacidade para pesquisar, organizar e inovar; habilidade para desenvolver respostas apropriadas para problemas novos;
• aptidão para testar essas respostas, através de peças-pilotos ou com modelos desenvolvidos pelo sistema CAD (Computer Aided Design, desenho auxiliado por computador);
• treinamento para comunicar esses desenvolvimentos através de croquis, modelos, modelagem, pilotagem e através de relatórios orais ou escritos;
• talento para combinar forma, técnica, condições humanas, sociais e arrebatamento ético;
• sabedoria para prever conseqüências ecológicas, econômicas, energéticas, sociais, políticas da interferência do design;
• compreensão para trabalhar em equipes multidisciplinares.
O designer deve ser um criador com uma visão ampla do processo produtivo, exercendo influência desde a escolha de materiais, produção, comunicação, lançamento, comercialização até a reciclagem de produtos industriais, sintetizando nesse conjunto o profissional do século XXI.
A criação não se realiza mais na frente de um computador ou junto a uma prancheta de desenho, mas sim, através da coleta de dados, observando e analisando o comportamento do consumidor.