O Romantismo correspondeu entre os anos de 1820 e 1840, porém o momento entre Império e ele foi chamado de Restauração, entre 1815 e 1820.
Essa época foi para a moda um período de transição entre a moda Império e a Romântica. Os vestidos chegaram às canelas e bem mais ornamentados. A forma cilíndrica estava se transformando em cônica, escondendo a silhueta do corpo, as mangas compridas e justas até os punhos, bufantes na altura dos ombros e decotes mais altos.
A moda masculina estava a todo vapor desde o Império e muito significativa na Inglaterra. Paris ditava as regras da moda feminina e Londres se impunha na masculina.
Surgiu o estilo dandy na Inglaterra de George Bryan Brummel (1778-1840), o Belo Brummel que teve seus dias gloriosos entre 1800 e 1830. Foi uma maneira de ser, um modo de vida, uma maneira de se vestir, fazendo com que a distinção e a sobriedade se tornassem a marca registrada da moda masculina.
A justeza da roupa foi a marca registrada do conceito, golas altas, pescoços adornados com plastron, espécie de lenço com nó sofisticado para o aspecto arrogante típico do dândi.
Um complemento passou a ser usado em quase todo o século XIX, a cartola, símbolo de status e poder social.
O movimento romântico foi no século XIX que ganhou corpo e perdurou como ideologia, defendeu a liberação das emoções, quiseram o retorno de um homem emocional e espontâneo.
A Revolução industrial estava a pleno vapor, o ideal iluminista tinha transformado o homem em máquina. Contra essa ideologia, brotou na mente humana um saudosismo que influenciou o processo criativo, a literatura, artes, música, arquitetura e a moda não ficou de lado.
Na indumentária masculina o estilo dândi manteve-se como padrão: calça comprida, casaco, plastron e cartola. Em 1830 a barba começou a fazer parte da aparência dos homens, perdurando até a Primeira Guerra Mundial na década de 10 do século XX.
A moda feminina inspirou-se no passado. O preto e as cores faziam parte do guarda-roupa, assim como tecidos estampados de flores ou listras. Os vestidos voltaram a ter sua cintura marcadas pelo corpete e com saias de volume cônico, obtido pelo uso das anáguas.
As enormes mangas bufantes recebiam o nome em francês de manche gigot (manga presunto), que eram preenchidas com plumas e fios metálicos para obter o volume desejado.
O decote eram bem acentuados, em forma de canoa, de ombros caídos, o que revelava sua fragilidade. O xale de cashemire ou um detalhe tipo uma pelerine, chamado Berta, que pendia do decote podendo ser em renda.
Usavam jóias tipo relicários, cruzes, pulseiras, broches, adornos de laços, fitas, babados, flores e ornamentos em geral. Na cabeça, cachos caídos sobre as têmporas, sofisticados penteados ornados com travessas (as de casca de tartaruga eram mais chiques, caras e resistentes) e modelos de chapéus em palha ou cetim, tipo boneca, ornados com plumas, flores e fitas, amarrados sob o queixo, leque e sapatos de salto baixo.