Feira de calçados BFSHOW estará 30% maior em maio

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Principal feira de calçados da América Latina, a BFSHOW estará 30% maior na sua quarta edição. O evento, que acontece entre 19 e 21 de maio, no Distrito Anhembi, em São Paulo/SP, terá um espaço total de 31,9 mil metros quadrados, ante 22,5 mil metros da edição de maio de 2024. Promovida pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) com organização da NürnbergMesse Brasil, a quarta edição da mostra já tem mais de 80% dos espaços comercializados.   O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, conta que, apesar do cenário ainda nebuloso, principalmente no mercado internacional, as expectativas para a feira são bastante positivas. "As coleções de Verão, que serão apresentadas na BFSHOW, respondem por mais de 70% das vendas da indústria brasileira de calçados. Tanto os expositores quanto os visitantes entenderam que esse é o momento ideal para abastecer seus estoques para um ano em que prevemos crescimento produtivo de 2%, principalmente a...

NEGÓCIOS: Como as empresas podem aproveitar melhor o potencial das mulheres com filhos

DIG Club


A maternidade merece uma reestruturação trabalhista, que traz vantagens para profissional e empresa


Recentemente, o Supremo Tribunal Federal aprovou uma nova regra para a licença maternidade, que passa a contar a partir da alta hospitalar da mãe ou do bebê. Antes da regulamentação, a lei vigente previa que o tempo iniciava contagem a partir do afastamento da mulher do trabalho, que poderia ocorrer até 28 dias antes do parto. A mudança beneficia principalmente gestantes de risco e partos com complicações, que necessitam de mais tempo de internação. 

De acordo com Brunna Duarte, head de Marketing e uma das fundadoras do Do It Girls Club, comunidade de networking e conteúdo voltada para empreendedoras e executivas, são pequenas alterações que auxiliam para que as mães tenham condições de cuidar de seus filhos com segurança e, em seguida, voltar ao trabalho e retomar suas carreiras. "Apesar dos avanços, as mães que decidem se manter no mercado de trabalho ainda passam por muitas dificuldades", pontua.

O sistema como é moldado hoje, conforme explica Brunna, não está preparado para apoiar a maternidade, principalmente aquelas mulheres que acabam de voltar de licença. "Ela passou por um dos momentos mais sublimes e ao mesmo tempo mais delicados da sua vida, precisa deixar o bebê em casa, tem que fazer toda uma reconstrução para entender que agora é mãe e também profissional. Muitas vezes, as empresas não percebem isso e não olham para ela com a empatia que deveria acontecer", comenta.

Essa empatia pode ser realizada de forma concreta ou mais subjetiva. No contexto prático, soluções como disponibilizar um espaço certo para a mãe lactante fazer a retirada do leite é algo simples e crucial, já que a mulher passa muito tempo no trabalho e precisa de um ambiente limpo e com maior privacidade para realizar o procedimento. Outro ponto é a flexibilidade de horários, que pode ser boa para a colaboradora e a empresa. 

"Tem uma frase muito boa: 'eu nunca estive tão cansada, mas eu nunca tive tanta garra'. Depois que vira mãe, a mulher se torna mais criativa, resiliente, tem mais foco, mais força, mais vontade de fazer dar certo e trabalhar melhor. Muitas vezes, ela só precisa de flexibilidade no trabalho para que possa entregar toda essa potência que adquiriu. Algumas empresas não conseguem olhar para a mãe dessa forma e acabam colocando-a na mesma caixinha de todos os outros funcionários. Se a vissem com um pouco mais de empatia, permitindo condições favoráveis - uma flexibilização de horário, um trabalho híbrido, flexibilidade para compensar horas gastas com o filho - certamente teriam melhores resultados", acrescenta a especialista. 

Reconstruir as relações de trabalho e deixá-las mais favoráveis para que uma mulher possa ser mãe e profissional de sucesso ao mesmo tempo, é um dos pilares para a sociedade rever a maneira como lida com a maternidade. Segundo Brunna, muitos debates estão acontecendo nesse sentido e mostram como a realização em diversos setores da vida de uma mulher a deixam mais feliz, fazendo dela uma mãe ainda melhor, assim como profissional com mais resultados positivos. 

Nesse caminho, a rede de apoio é elemento essencial na vida dessas pessoas. Afinal, é preciso ter quem cuide da criança enquanto a mulher está realizando suas atividades. Em geral, há uma divisão com outros familiares, além de creches e pessoas contratadas para o serviço. Mas já existem empresas de ponta que incluem a creche dentro de suas fábricas e sedes, facilitando a tarefa. 

"É preciso ainda alguém para dividir a carga mental. É muita coisa para pensar ao mesmo tempo. O esforço não está só em fazer, mas em pensar e organizar. Quando a gente vai percebendo que pode ter rede de apoio, isso nos dá maior possibilidade de olhar para as outras frentes da vida. Nós já entendemos o ditado que é preciso uma aldeia para cuidar de uma criança. Além disso, repensar o lugar do pai nesse cenário é essencial - afinal, também é papel do pai criar e não apenas ajudar. Com uma paternidade presente nesse contexto da família após a chegada de um filho, a mulher pode se dar a oportunidade de ser tudo aquilo que ela quiser além de mãe", lembra Brunna.

Entre as importantes sugestões para começar uma gestação sem perder a vida profissional de foco, Brunna destaca um bom planejamento e networking, aproveitando os momentos de potência da gravidez para mostrar aos chefes que há interesse genuíno em seguir a carreira após a licença. 

Mesmo assim, ela ressalta uma dica de ouro: "tenha a certeza de que você não é a mulher-maravilha, de que não vai dar conta de tudo 100% como planejado. Você vai dar o seu melhor, mas é impossível a gente fazer tudo perfeito e ao mesmo tempo. Ter essa consciência de que não seremos perfeitas, de que vamos errar e passar por momentos difíceis, é muito importante. Não podemos criar essa expectativa. A mãe profissional é diferente da que não era mãe. Ela tem uma nova demanda, mas também se torna uma profissional melhor", conclui. 

Brunna Duarte

Formada em comunicação pela PUC e pós-graduada em Administração pela FGV, já realizou diversos cursos nas áreas de CX e Design Thinking. Desenvolveu sua carreira em grandes empresas multinacionais, sempre procurando atuar de forma criativa e inovadora.

Sobre o Do It Girls Club

O Do It Girls Club é um ecossistema feminino que transforma a vida de mulheres através de uma rede única de networking e conteúdos exclusivos. A iniciativa tem como propósito ajudar mulheres a alavancarem suas vidas, carreiras e resultados mais rápido, através de um ambiente de crescimento, colaboração e de novas conexões. Com o lema menos competição e mais colaboração entre mulheres, as idealizadoras já impactaram mais de 20 mil pessoas e geraram mais de 15 milhões de negócios realizados entre as participantes ativas da comunidade. Para mais informações, acesse https://doitgirlsclub.com.br/, pelo instagram @doitgirlsclub, facebook @doitgirlsclub ou linkedin https://www.linkedin.com/company/doitgirlsclub/










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