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Plataforma de compra e venda de peças de luxo planeja mais um ano de expansão para 2018. Fotos: Divulgação |
Trader do mercado de energia e fã da exclusividade do mercado de luxo, em agosto de 2013 Leilane Sabatini começou a vender peças pessoais e de amigos pelo Instagram. O olhar treinado para uma boa oportunidade e o feeling de que era o momento certo a fizeram ampliar o negócio no fim de 2016. Em dezembro daquele ano entraram duas sócias no empreendimento: Carol Leonhardt, que desempenha a função de diretora de marketing, e Ana Carolina Dande, diretora de operações. "Percebemos um potencial muito grande no negócio. Formamos time muito diversificado, com perfil de gestão complementar."
Lançada oficialmente em 2017 mas em operação desde 2013 nas mídias sociais, a plataforma em um ano saltou de 300 peças à venda para 1,3 mil peças. "No começo o faturamento mensal variava de R$ 15 mil a R$ 20 mil. No mês de novembro de 2017 chegamos a 130 mil/mês, conseguimos aumentar em sete vezes o faturamento na comparação com o ano anterior, encerrando 2017 com o faturamento de R$ 700 mil reais", celebra Leilane Sabatini, à frente do negócio e que vibra com a nova meta a ser alcançada: mais que dobrar o faturamento em 2018, ou seja a expectativa é de faturar neste ano R$ 1,8 milhão de reais.
"A crise econômica afeta todo mercado, mas tem impacto menor no segmento de luxo, que crescia quase dois dígitos por ano. Agora essa alta desacelerou, mas segue em expansão", revela. "Por outro lado, para nós este momento pode ser uma oportunidade porque muita gente deixa de consumir na loja para procurar produto de segunda mão". Segundo ela, ao comprar na plataforma, o cliente economiza, em média 50% na comparação com o preço dos produtos novos.
Trocas e vendas de peças usadas já são comuns em todas as classes sociais nos quatro cantos do mundo. Bem aqui no Brasil, a Cansei Vendi inaugurou sua plataforma online de produtos de luxo seminovos, mostrando que peças incríveis e de alta qualidade têm prazo de validade longo que deve ser valorizado. Bolsas Dior, vestidos Chanel, óculos Armani, caneta Mont Blanc, joias Tiffany. Tudo isso e muito mais das melhores grifes do mundo estão disponíveis em ótimo estado e com certificado de autenticidade para compra e venda no e-commerce criado por Leilane Sabatini.
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Carol Leonhardt, Leilane Sabatini e Ana Carolina Dande sócias no Cansei Vendi |
PROFISSIONALIZAÇÃO E CRESCIMENTO
Juntas, as três desenvolveram uma plataforma moderna e funcional para abrigar os negócios da Cansei Vendi e tirar os processos de compra e venda do Instagram. Lançada oficialmente em março de 2017 a novidade faz parte do plano de reestruturação e profissionalização do negócio. "Em um ano, o acervo de 300 peças à venda saltou para 1,3 mil peças de diversas marcas de luxo, principalmente internacionais. No começo o faturamento mensal variava 15 mil a 20 mil reais. No mês passado chegamos a 130 mil/mês", celebra Leilane, que garante que o crescimento é bastante consistente, alcançando todas as metas traçadas para até agora.
Mesmo hoje o negócio é enxuto. A equipe é formada pelas três sócias e mais dois funcionários. "Não temos o intuito de inflar uma startup. Somos muito preocupadas com custos e, por isso, terceirizamos muita coisa, como a área jurídica", revela. "Queremos, sim, ganhar mercado muito rápido. Como atuamos no nicho de alto luxo, com itens de grifes internacionais, o objetivo é manter tíquete médio alto algo, em 2,5 mil reais. Mas ocasionalmente vendemos peças de valor bastante superior, entre 30 mil e 40 mil reais".
Mesmo com a expansão acelerada, as sócias da Cansei Vendi ainda dizem ter muito a conquistar. Um dos principais objetivos é diversificar o público – que hoje é basicamente formado por mulheres de 20 a 65 anos de classe média e alta. "Queremos oferecer mais produtos masculinos", diz Leilane. As sócias não temem a crise e pretendem dobrar faturamento até o meio de 2018.
"A crise econômica afeta todo mercado, mas tem impacto menor no segmento de luxo, que crescia quase dois dígitos por ano. Agora essa alta desacelerou, mas segue em expansão", revela. "Por outro lado, para nós este momento pode ser uma oportunidade porque muita gente deixa de consumir na loja para procurar produto de segunda mão". Segundo ela, ao comprar na plataforma, o cliente economiza, em média 50% na comparação com o preço dos produtos novos.
DUPLA AUTENTICIDADE E CONSUMO RESPONSÁVEL
O maior ativo da Cansei Vendi é a confiabilidade, conta Leilane. A empresa tem dupla checagem de autenticidade das peças: há um processo interno de verificação aqui no Brasil. Aprovadas nesta etapa, cada peça é ainda homologada pela Real Authentication, organização estabelecida em Los Angeles. A empreendedora conta que, para o cliente, o processo é muito seguro porque a Cansei Vendi recebe em consignação de cada vendedor que se cadastra no site.
Os produtos oferecidos na plataforma são coletados pela empresa em pontos estratégicos espalhado por capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. "Damos garantia de autenticidade, vendemos e entregamos o produto. Se houver qualquer dúvida o cliente pode sempre recorrer diretamente a nós", conta. Leilane diz que a cultura de repassar peças de luxo ainda é nova no Brasil, mas já é bastante estabelecida em mercados mais maduros, como Europa e Estados Unidos. "O caminho para que esse movimento se consolide localmente é discutir e sanar todas as dúvidas. Eliminar inseguranças."
Leilane diz que, além dos bons resultados, a plataforma já rendeu uma série de histórias gratificantes. Leilane conta que há inúmeros casos de clientes que encontraram na Cansei Vendi peças preciosas que procuravam há anos. "Entre as mais raras já oferecidas no site estão itens vintage, como uma bolsa Chanel de 1950 em ótimo estado e uma bolsa Kelly, da Hermès, feita sob encomenda para uma princesa".
A empresária lembra que estimular a compra e venda de produtos usados é também impulsionar o consumo responsável, já que assim o mercado evita a produção de novas peças e o impacto ambiental deste processo. O viés ético do negócio é reforçado pela postura solidária da empresa que, em qualquer negociação feita na plataforma, doa 1% do valor da venda para uma das três ONGs com as quais mantém parceria. São elas a Sietar Brasil, que faz trabalhos de missão de paz facilitando o diálogo entre diferentes povos; a Make a Wish Brasil, que realiza sonhos de crianças; e a Arcah (Associação de Resgate à Cidadania por Amor à Humanidade), que promove a recuperação de pessoas em situação de rua.
"Quando cadastra o produto, o vendedor escolhe para qual ONG quer doar, além de ter a opção também de oferecer um porcentual adicional que é descontado da remuneração dele", conta. "Nosso objetivo com isso é ampliar o perfil já responsável do negócio. É importante ter parceria com ONGs para impactar de forma positiva a cadeia da sustentabilidade".
SERVIÇO:
Instagram: @Cansei_Vendi
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