|
Profissionais transformam quartos infantis em ambientes lúdicos, divertidos, mas ao mesmo tempo funcionais e organizados. Projeto Carmen Calixto: Nichos deixam os brinquedos da criança em exposição. Já os gavetões organizam os brinquedos de forma fácil. O quarto é colorido, divertido e funcional. Foto: Rodrigo Marcardier |
A criança se relaciona com o mundo de forma diferente dos adultos. Elas precisam ser estimuladas e sua curiosidade atiçada. Por isso, os quartos infantis devem ter um caráter lúdico. Por outro lado, esse tipo de espaço precisa também ser funcional e prático, até mesmo para a segurança e o conforto dos pequenos.
O problema é que, muitas vezes, os pais acabam se empolgando e não dosam a criatividade. Resultado: um quarto poluído visualmente, nada funcional e que pode, inclusive, confundir ao invés de estimular as crianças. Para ajudar os pais a unirem o melhor da criatividade, do lúdico à uma marcenaria prática, profissionais dão dicas importantes.
“Para fazer esse tipo de projeto é muito importante ouvir a criança e se colocar no lugar dela. É preciso uma marcenaria onde tudo fique ao alcance dos pequenos, em que as peças não sejam muito pesadas, para que possam ser deslocadas com facilidade, e que, se por algum motivo cair, não cause algum acidente grave”, explica a designer de interiores Iara Santos.
A arquiteta e urbanista Camen Calixto comenta os benefícios de um projeto que agrega o lúdico com a marcenaria funcional: “Um quarto infantil bem projetado proporciona espaços para guardar e organizar os objetos da criança, para os estudos e atividades prazerosas e de lazer. Além disso, também fica mais fácil para os pais e para as crianças manterem o quarto organizado”.
|
Projeto Iara Santos: O quarto infantil é cheio de cores e bancadas, para setorizar e organizar os espaços. O papel de parede é uma maneira rápida e prática de transformar o ambiente. Foto: Daniel Mansur |
Carmem ressalta que “esse tipo de marcenaria é sempre indicado principalmente para quartos pequenos”. Mas nada impede que seja empregada sempre que possível. “A fase infantil dura muitos anos e é muito ruim não incentivar que a criança viva completamente esse período incrível”, salienta Iara.
Em um de seus projetos, a designer lançou mão desse tipo de recurso e avalia o resultado: “Em um trabalho recente, criei na cabeceira da cama uma marcenaria em círculo, onde a própria criança pudesse brincar com os carrinhos fazendo disso uma pista. Em outro, como a criança adorava desenhar, criei móveis da altura dela, com nichos para lápis de cor para estimular mesmo ela a desenhar. Essas intervenções conectaram ainda mais as crianças ao ambiente”.
Carmen também lançou mão da marcenaria prática em quartos infantis lúdicos. “O filho de um cliente gostava muito de livros, então, optei por um espaço de exposição para os livrinhos ficarem sempre à mão da criança. Outra ideia foi usar gavetões em acrílico ao longo de uma bancada para que a criança pudesse guardar os brinquedos e acessá-los sempre que desejar, além de vários nichos”, detalha a arquiteta.