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Coleção Primavera/Verão 2013 da Leutton Postle |
Costurada na teia caleidoscópica da moda londrina está uma biologia promissora, uma sinalização da identidade industrial ainda em formação da cidade: a cor. Mary Katrantzou explodiu no circuito alguns anos atrás com suas estampas bem precisas, laçadas e pixalizadas como muitas telas de iPad. Christopher Kane mandou ondas pulsantes pelo mundo com sua coleção de formatura em tons ácidos e pasteis em 2006, progredindo até chegar numa fantasmagoria absoluta para Resort 2012. E as máquinas de hype favoritas de todo mundo, Meadham Kirchhoff, não estão de forma alguma silenciosas – essa molecada respira o termo “colírio para os olhos”. Ainda assim, uma onda de frescos brilhante está para cair sobre as encostas CMYK da indústria da moda londrina, trazendo consigo a venerável maré do novo-novo, pulsando por atenção internacional. Sam Leutton e Jenny Postle ( de sua linha homônima Leutton Postle) poderiam muito bem estar na crista dela.
Fios especiais com tingimentos em Pantones ricos são o trampolim da dupla – Postle abriu o desfile Outuno/Inverno Masters de 2011 da Central Saint Martins com uma série de looks empenachados, Navajo-tech encontra espantalho predatório, da qual a estética da coleção nasceu.
Logo depois de seu desfile de formatura, Poste se juntou com Leutton, uma estudante também da graduação Sanit Martins que estava afundada em inovações de tricô na China antes de voltar para o Reino Unido. Tem sido uma parceria harmoniosa desde então, culminando (até agora) numa apresentação Primavera/Verão 2013 repleta de fios, miçangas, e aquele fator cool acabei-de-sair-de-Londres impossível de localizar em qualquer outro lugar.
Agora, o que falta ver é o vôo da marca. Foram sustentadas pela plataforma de patrocínio londrina Vaushall Fashion Scout nas últimas duas estações, e ainda assim continuam pequenas numa escala maior das coisas (elas tem apenas algumas revendas, Brown’s e Avenue 32, e três lojas na Ásia para a coleção Primavera/Verão 2013). Fizeram alguma tentativa de roupa masculina, e consideraram expandir, mas Postle disse “Não faríamos nada a não ser que tivéssemos certeza que seria brilhante”.
Fonte: BlouinArtInfo