Abrir um pequeno empreendimento é um grito de liberdade para muitos brasileiros, inclusive para os bauruenses. E nesse contexto existe um segmento que se destaca na cidade, historicamente marcada por sua força no setor de comércio.
Números divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que lojas de vestuário, acessórios e calçados representam o maior crescimento no varejo bauruense em 2011. Os 242 estabelecimentos relacionados a esses serviços representam 11% das 2.693 empresas cadastradas pelo programa desde 2009, quando foi lançada a nova regra do Empreendedor Individual (EI)- antigo Microempreendedor Individual (MEI).
De acordo com o escritório regional da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) em Bauru, o número corresponde a 74% das empresas abertas neste ano na cidade, sendo o restante dividido entre empresas (16%) e empresas de pequeno porte (10%).
As facilidades encontradas para a legalização dos serviços fazem com que a cidade seja “invadida” diariamente por novas lojas. Essa realidade é facilmente verificada em qualquer região da cidade, já que tanto na área central quanto em bairros mais afastados, é visível o investimento de pequenos e arrojados empreendedores nesse tipo de estabelecimento. Com o aumento do poder aquisitivo da população e a passagem de milhares de famílias brasileiras para a classe média, cresce também a demanda de consumo, o que impulsiona a onda de prosperidade.
“O mercado de varejo de roupas teve um aumento considerável pelas facilidades encontradas na hora de ser enquadrado no sistema do empreendedor individual, como a questão de logística do empreendimento, por exemplo, que não traz regras tão complicadas. É muito mais fácil enquadrar uma loja de roupa porque você precisaria de um balcão, um provador, coisas do tipo, mas não teria problemas como uma loja de fogos de artifício, por exemplo”, explica Paulo Roberto Martinello, diretor da Jucesp em Bauru.
O mesmo levantamento feito pelo Sebrae aponta em segundo lugar a crescente investida em salões de cabeleireiros (com 198 unidades), seguido por obras de alvenaria (190), bares (120) e atividades de estética e serviços de cuidados de beleza (106).
Neto del Hoyo
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