Estilista norte-americana, nasceu em 1948, em Nova Iorque, com o nome de Donna Faske. Donna, que era filha de uma manequim e de um vendedor de roupa, desde muito cedo se interessou pela moda. Ainda durante o liceu teve um trabalho de verão como estagiária da estilista Liz Clairborne.
Depois de ter frequentado uma escola de design em Nova Iorque, foi trabalhar com Anne Klein, confeccionando roupa desportiva de preços acessíveis. Com apenas 23 anos, já era sócia da casa Anne Klein, onde desempenhava a função de desenhadora. O seu trabalho na Anne Klein tornou-se ainda mais importante quando a fundadora morreu em 1974. A partir dessa altura, Donna passou a partilhar com Louis Dell'Olio a responsabilidade de desenhar as coleções da etiqueta Anne Klein.
Dez anos mais tarde, Donna, com a ajuda do marido, resolveu criar a sua própria marca e assim apareceu a Donna Karan New York que apresentou as primeiras coleções em 1985. As roupas da Donna Karan combinavam cortes elaborados com outros de estilos mais desportivos, de modo a serem, simultaneamente, práticas e luxuosas. Logo nesse ano, Donna Karan foi nomeada como melhor estilista pelo Conselho dos Desenhadores de Moda da América, feito que repetiu em 1990. As suas criações foram muito elogiadas e atingiram grandes vendas em todo o mundo, principalmente porque as roupas se destinavam a mulheres comuns.
Entretanto, em 1988, lançou a linha DKNY, menos dispendiosa e destinada a um público mais jovem, que foi feita a pensar na filha da própria estilista. Donna reparou que as raparigas mais jovens também gostariam de vestir roupas com estilo e desse modo começou a confecioná-las a preços mais acessíveis.
Donna Karan baseou o seu sucesso no jeito para desenhar roupas confortáveis mas com estilo e também na sua propensão para o negócio, já que se revelou uma excelente empresária, que nunca teve medo de arriscar.
A sua empresa, com mais de 2000 trabalhadores, teve sede em Nova Iorque durante muitos anos e lojas um pouco por todo o mundo, produzindo roupa de homem, jeans, acessórios, perfumes e cosméticos. No ano 2001, a casa Donna Karan foi vendida à LVMH (Louis Vuitton Möet Hennessy), que decidiu mudar a empresa para Itália.
O destino de Donna Karan estava mesmo ligado à moda. Filha de um dono de armarinho e de uma modelo e representante de vendas de uma confecção, essa nova-iorquina nascida no tradicional bairro de Queens como Donna Ivy Faske, em 2 de outubro de 1948, teve sua primeira experiência profissional ainda no colégio, durante as férias de verão, ao trabalhar com a estilista Liz Claiborne. Mais tarde, freqüentou a Parsons School of Design, de Nova York, e logo nas férias do segundo ano foi contratada para desenhar para Anne Klein, famosa estilista de roupas esportivas para jovens mulheres, que foi a primeira a combinar vestidos e casaquinhos, vestidos de cintura justa com blazers e jaquetas de aviador.
Já formada passou um ano no ateliê antes de ir trabalhar para a Addenda, uma indústria de confecção. Em 1968, voltou para o ateliê de Klein e, após a morte de Anne, em 1974, ela e Louis Dell'Olio se tornaram co-estilistas da empresa para terminar uma coleção incompleta. Juntos, os dois deram nova vida às roupas da empresa, transformando modelos originais de sportswear em peças extremamente atuais, em sua modelagem simples e com preços acessíveis. Depois de 15 anos na Anne Klein, Donna sentiu o impulso de ter sua própria grife ao perceber sua dificuldade (e a de outras mulheres) para encontrar o que realmente precisava no guarda-roupa. “A idéia veio quando tentava limpar meu closet do excesso. Precisava tornar fácil a escolha de roupas pela manhã. Então, resolvi meu problema com o mínimo de peças coordenáveis de diversas maneiras”, costuma contar Donna Karan.
Junto com seu segundo marido, o escultor Stephan Weiss, montou um império que a colocou no mesmo patamar de importância de outros consagrados estilistas americanos, como Ralph Lauren e Calvin Klein. Em sua primeira coleção, introduzida em 1985, colocou na passarela uma mulher quase minimalista aos olhos da época, vestindo jérsei e crepe de lã, com botas pesadas e jóias assinadas por Robert Lee Morris. De olho nas ruas e nas mulheres comuns, que buscam a elegância, mas não têm tempo de sobra nem corpo de modelo, apostou na fórmula simples de valorizar os pontos positivos da silhueta feminina e disfarçar os eventuais defeitos.
Ao se livrar dos excessos típicos dos anos 80 e direcionar sua produção para as mulheres comuns, Donna Karan descobriu o segredo do sucesso. Como não poderia deixar de ser, a fórmula de valorizar os pontos positivos da silhueta feminina e disfarçar os negativos deu certo e ela acabou estourando com um bodysuit preto (mais conhecido no Brasil somente como “body”), inicialmente com botões, para ser usado com calça, com saia, por baixo de casacos ou sozinho mesmo. Era modelado segundo os princípios das peças capazes de firmar o corpo e corrigir as imperfeições. Revolucionou o conceito da moda feminina na época ao lançar, o que, ela mesma chamava, de “Seven Easy Pieces” (sete peças de roupas fáceis), A idéia era disponibilizar um conjunto de peças coordenáveis e intercambiáveis que, combinadas, rendiam visuais incríveis em combinações diferentes e quase infinitas. Rapidamente também os sapatos DONA KARAN entraram na lista do “must have” de celebridades e muitas mulheres, se tornando uma espécie de objetos de desejo.
Nascida e criada em Nova Iorque a estilista acertou ao associar sua marca à cidade, fonte de inspiração e lar das mulheres urbanas e dinâmicas, motivada pelo desejo de atender o público jovem e, especialmente, sua filha Gaby, com a criação de uma segunda marca, a DKNY (iniciais de Donna Karan New York) composta por peças e acessórios mais acessíveis. A marca virou um enorme sucesso mundial com suas peças descontraídas e modernas. Em dez anos o sucesso da marca DONNA KARAN estava consolidado, abrangendo roupas femininas, masculinas, linha jovem, lingerie, sapatos, acessórios em geral e perfumes. Nos anos seguintes inaugurou suas primeiras lojas âncoras em Londres (1994) e Nova York, e expandiu sua linha de produtos com o lançamento de roupas íntimas masculinas, coleções para casa, relógios, óculos e novos perfumes que se tornaram um sucesso em vendas.
Em 2001, a empresa Donna Karan International (DKI), que atravessava uma fase de prejuízos econômicos, apesar de vender muito, foi adquirida pelo conglomerado de marcas de luxo LVMH, que pagou aproximadamente US$ 250 milhões. Em 2002, o fotógrafo Peter Lindbergh fez as fotos de um livro-catálogo com modelos vestindo a grife em meio aos ícones da cidade, como os táxis amarelos e a estátua da liberdade. Nos últimos anos, várias lojas foram inauguradas, especialmente em países do continente asiático, como China e Índia, e as marcas DONNA KARAN e DKNY licenciadas para outras categorias de produtos.
A linha do tempo
1988
● Criação da DKNY, direcionada a um público mais jovem e moderno.
1990
● Lançamento da DKNY JEANS, uma linha de roupas jeans.
1991
● Lançamento da marca DONNA KARAN MENSWEAR, voltada totalmente para o público masculino.
1992
● Lançamento do DONNA KARAN, primeiro perfume feminino da marca.
● Lançamento dos produtos de beleza da marca DKNY.
● Lançamento da coleção infantil DKNY KIDS.
● Lançamento da DKNY MEN.
1994
● Lançamento do DK MEN FUEL, primeiro perfume masculino da marca.
1999
● Lançamento da DKNY ACTIVE, linha de roupas esportivas da grife.
● Lançamento do perfume DKNY WOMEN.
2000
● Lançamento da primeira coleção de relógios da grife.
● Lançamento da DKNY UNDERWARE, linha de roupas íntimas masculinas.
● Lançamento do perfume DKNY MEN.
2001
● Lançamento da DKNY HOME COLLECTION, uma completa linha de roupas (cama/mesa/banho) e acessórios para casa.
2002
● Lançamento do perfume BLACK CASHMERE.
● Lançamento do perfume DKNY ENERGY.
2004
● Lançamento do perfume DKNY Be Delicious, nas versões para mulheres e homens.
2005
● Lançamento do comércio on-line em sua página na Internet.
2006
● Lançamento do perfume DONNA KARAN GOLD.
2007
● Lançamento do perfume feminino DKNY DELICIOUS NIGHT.
2009
● Lançamento do perfume LOVE FROM NEW YORK.
2010
● Lançamento do perfume feminino PureDKNY, que trazia como slogan da campanha publicitária “só uma gota de baunilha”, definindo assim perfeitamente a nova fragrância. Além da leveza do aroma, DKNY pensou também em uma embalagem perfeita, fabricada em papel de floresta reciclável, com energia 100% renovável e protegida com material biodegradável. O frasco é simples e em forma de gota d’água, feito em vidro 100% reciclável e com tampa em alumínio puro.
A comunicação
A lista de celebridades que emprestaram sua imagem à estilista nova-iorquina também é grande. O rosto mais cativo dos últimos anos tem sido o da atriz e modelo ucraniana Milla Jovovich. Uma colaboração aparentemente inesperada, em 2000, porém de grande apelo junto às mulheres de quase todas as idades, foi a do ator britânico Jeremy Irons, astro de filmes como O Reverso da Fortuna (com o qual ganhou o Oscar em 1990), Gêmeos – mórbida semelhança e Callas Forever. A atriz australiana Cate Blanchett, também é uma das estrelas que colaboraram recentemente com DONNA KARAN. Já o também britânico Julian Sands também marcou presença em uma campanha com belas imagens.