Camargo Alfaiataria Revela a Coleção Evolution 2024

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  Desfile, dia 22 de abril, marca a apresentação da coleção, com mais de 50 looks, em ternos bem cortados, macacão em alfaiataria, malhas ajustadas, peças aerodinâmicas e recortes que permitem respirabilidade. Imagens: Divulgação     No cenário da moda masculina, a Camargo Alfaiataria se destaca mais uma vez com o lançamento da coleção Evolution 2024. Com desfile de mais de 50 looks, ele não só promete ser um espetáculo visual na passarela de 60 metros, mas também estará acessível globalmente via transmissão ao vivo no YouTube e no Instagram, destacando o compromisso da marca com a acessibilidade e a inovação digital.   A essência da coleção Evolution 2024 centra-se na figura do homem contemporâneo, que é ao mesmo tempo criador e consumidor de beleza e inovação. Inspirando-se em esportes que representam a velocidade e a superação, como motovelocidade e automobilismo, cada peça reflete uma fusão entre funcionalidade e estética, projetada para empoderar o homem moderno em sua

CIBERMODA: o futuro é agora.


 Parte da juventude na década 60 nega as roupas produzidas em massa e busca o "retro look" (moda do passado), usando peças misturadas, fazendo o gênero Kitsch, que chocava e era considerado de mau gosto. Nesse mesmo período observa-se também o exagerado aprumo dos hippies e o nascimento do movimento punk. Destaque para a estilista preferida dos punks, Vivienne Westwood, nascida em 1941, conhecida popularmente como a “estilista punk”, excêntrica, provocativa e irreverente. Ela levou das ruas de Londres para as butiques a estética do movimento, transformando o punk em moda.

 Com 34 anos de carreira, a estilista britânica Vivienne Westwood foi homenageada com uma exposição apresentada no Victoria & Albert Museum (Londres). É a maior mostra dedicada a um designer de moda já realizada pelo centro. O visual punk, como ainda é conhecido, inclui cabelos coloridos e espetados, roupas rasgadas, jaquetas de couro, geralmente tacheadas, camisetas pretas, braceletes de aço ou couro tacheados, alfinetes de segurança presos à roupa ou dependurados no nariz e nas orelhas. As garotas punk também usavam essas roupas, ou então variavam com saias com fendas laterais, suéters justas, sandálias de salto alto e fino; seus namorados preferiam as pesadas botas shit kicher (chuta merda).

 A Moda Cyberpunk reflete bem o espírito do tempo. Caracteriza-se por ser um "estilo de rua" composto de piercings, tatuagens, blusões de couro preto, óculos espelhados, roupas inteligentes (que mudam de cor, adaptam-se à temperatura externa ou mesmo eliminam bactérias), até o uso de weareables computers, tecnologias nômades, computadores que podem ser vestidos.

 A moda cyberpunk abusa de materiais sintéticos, acessórios provenientes da ficção-científica, roupas com circuitos eletrônicos, máscaras antipoluição, bijuterias com sucata da era digital (brincos de chips, colares com cd-rooms, etc.). Como expressão da cibercultura, a moda e a cultura cyberpunk não são somente uma corrente da ficção científica, mas um fato sociológico irrefutável, uma mistura de esoterismo, programação de computador, pirataria e ficção influenciada pela contracultura americana e pelos humores dos anos 80. A atitude cyberpunk é, acima de tudo, um comportamento irreverente e criativo frente às novas tecnologias digitais.

 No site The Cyberpunk Project, encontramos muitas informações e curiosidades sobre o cyberpunk. Não há nenhum estilo exato de roupa ou de moda cyberpunk; a maioria usa roupas futuristas, prefere a cor preto e prata. Percebe-se que usam o que gostam (The Cyberpunk Project. Online).

 Não há um padrão para a moda cyberpunk, mas o preto e os materiais sintéticos sempre estão presentes, a força dos cyberpunks está na sua ênfase em multiplicidade e potencialidade na criação de imagens [...]. Assim como no estilo punk, que em seus primórdios já utilizou elementos como a suástica e os cabelos coloridos como forma de resistência, também alguns escritores cyberpunks adotaram um visual próprio com o uso de óculos escuros e jaquetas de couro pretas.

 Um exemplo no cinema são as trilogias Matrix19 e X-Men. Seus personagens usam roupas pretas, sintéticas, coladas ao corpo, óculos escuros e muita tecnologia na comunicação e no transporte, com aeronaves, teletransporte, comunicadores que funcionam em qualquer lugar, bastando pressionar uma tecla, entre outros acessórios que também compõem o que chamamos de “Estilo Matrix”. O termo é usado para designar as mulheres poderosas vestidas de couro preto brilhante, que parece um vinil, marcando o corpo, o que permite a realização de movimentos e lutas. É referência a Trinity (vivida pela atriz Carrie-Anne Moss), na trilogia Matrix, inspirada na samurai de rua Molly Millions (personagem de Gibson em Neuromancer).

 Uma curiosidade ligada ao mercado de consumo no mundo da ficção, a personagem Cayce de Gibson difere de Trinity e Molly; é mais discreta com o “famoso” pretinho básico, confortável e também usa uma peça preta, sua predileta, uma jaqueta Buzz Rickson, marca japonesa real (existe no nosso mundo) que lembra antigos casacos de aviador. Só que no mundo real a jaqueta não existia na cor preta, somente na cor marrom. O exemplo mais interessante que revela a força do estilo é o que aconteceu pouco depois do lançamento do livro Neuromancer nos Estados Unidos e na Europa: segundo o site da empresa norte-americana History Preservation Associates, representante da Buzz Rickson Products nos EUA, a demanda por essa cor pelos leitores de Reconhecimento de Padrões fez com que a empresa passasse a fabricar a jaqueta em preto também. O modelo claro recebeu o nome honroso de Buzz Rickson’s "Pattern Recognition" Black MA-1 Intermediate Flying Jacket. Mais uma vez trouxe a ficção para o mundo real. O “Estilo Matrix” pode ser encontrado em diversos filmes, como Blade (1998), As Panteras (2000), MIB Homens de Preto (2002), Minority Report (2002), no filme e no game Resident Evil (2002), AeonFlux (2005), Ultravioleta (2006), Anjos da Noite (2006), Gene Generation (2006), entre outros que virão.

 "A moda como comunicação vem atender à necessidade de integração social em que ser e aparecer se esbarram, pois ao mesmo tempo em que a moda individualiza, ela integra. Quando associa a determinado grupo, desassocia de outro". Como diz Lipovetsky, a moda é caracterizada por dois aspectos, a imitação e a distinção, integrando os indivíduos a grupos, aos quais pode imitar ou dos quais pode se distinguir. A comunicação, a moda e a cibercultura estão unidas nesse processo de imitação e distinção do indivíduo na contemporaneidade.

 Apesar de ainda incerto o futuro da cibermoda, a evolução das tecnologias digitais e da mídia em geral marca inevitavelmente o nosso universo cultural em constante transformação e, não podemos negar, é a multiplicidade e a efemeridade da moda que continuará fazendo parte essas transformações da pós-modernidade e ficando para a história. A cibermoda faz parte do nosso cotidiano e está presente em inúmeras tribos. Essas tribos, seguidas de seus nichos e subnichos estão presentes na moda, na arte, na política, na econômia, nos games, no cinema, no ciberespaço, na cibercultura, etc., e fazemos parte dela, querendo ou não.

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