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Segmento ainda é pouco explorado por aqueles que pretendem iniciar um empreendimento |
O apetite dos pais pelas compras online tem atraído a atenção de gente experiente. Dois dos líderes entre os sites especializados em produtos para bebês – Tricae e Baby – são administrados por empreendedores com vivência no setor de tecnologia.
O www.tricae.com.br foi fundado por Gustavo Furtado em novembro de 2011 e hoje recebe 4,5 milhões de visitas mensais. Gustavo atuou fora do País como executivo da Microsoft e Siemens. E com um MBA de gestão em negócios pela Kellogg School Of Management (EUA) na bagagem, voltou ao Brasil para iniciar a empresa. Ele captou dinheiro de investidores internacionais e montou uma operação com aproximadamente 10 mil produtos no portfólio à disposição dos clientes. De acordo com fontes do setor (a empresa não divulga dados do faturamento), o comércio virtual já trabalha com receita anual de R$ 100 milhões e volume mensal de 22 mil vendas.
O sino-brasileiro In Hsieh e os norte-americanos Davis Smith e Kimball Spencer-Thomas, da www.baby.com.br, após uma conversa com um amigo nos Estados Unidos, Davis e Kimball, que tinham acabado de negociar uma startup, descobriram que havia potencial para a venda virtual de artigos para bebês no País. Com a participação de In Hsieh, levantaram R$ 7 milhões com fundos de venture capital como Monashees Capital e Tiger Global. Em setembro de 2011, o trio inaugurou a operação. “O nosso foco é a venda de fraldas, em parceria com grandes empresas, como a Procter & Gamble. Mas temos um mix com tudo o que um bebê precisa, de roupa até alimentos”, destaca Hsieh. A empresa hoje ocupa um galpão de 5 mil metros quadrados e emprega 220 pessoas.
Mas não são apenas os empresários experimentados que aventuram-se no setor. Há casos de empreendedores iniciantes, que procuram investir em produtos de nicho. É o caso de Paula Zanetti e Luciana Guimarães. Elas investiram R$ 120 mil para arrendar e reestruturar uma marca de roupas para bebês e crianças, a Baby Cool, que tem no e-commerce o único canal de vendas. A dupla começou a importar tecidos estampados de lugares exóticos, como o Havaí. “Os clientes gostaram. Há menos de um ano, a empresa faturava R$ 400 por mês. Agora, chegamos a R$ 30 mil mensais”, afirma Paula.
Fonte: Estadão