Ashua Curve & Plus Size amplia pontos de venda físicos no Brasil e Uruguai

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Expansão, que reforça estratégia omnicanal da marca, inaugura mais 11 espaços dedicados em lojas da Renner até o fim de 2024. Foto: Divulgação   A Ashua, marca Curve & Plus Size da Lojas Renner S.A., vai abrir 11 novos pontos de venda físicos até o fim de 2024. Os corners, como são chamados os espaços dedicados à marca e que funciona dentro de unidades da Renner, serão implementados em sete Estados brasileiros e em Montevidéu, no Uruguai. Além de reforçar a estratégia omnicanal da marca - que nasceu digital em 2016 e evoluiu para loja física em 2018 -, a expansão aproxima a marca de novos públicos. Os corners têm entre 35 e 40m² e serão inaugurados nas cidades de Goiânia (GO), Brasília (DF), Campinas (SP) e Joinville (SC). O Estado de Minas Gerais ganhará dois pontos de venda novos, sendo um em Belo Horizonte e um em Uberlândia. O mesmo ocorre com o Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Passo Fundo) e o Paraná (Londrina e Curitiba). Em Montevidéu, a Ashua implementa seu qua...

MODA BRASILEIRA: o despertar de interesse.

  A moda é de fato assunto de interesse para muitos e não mais está restrita aos showrooms, diferentemente do que acontecia no início dos anos 90. Naquela época, os desfiles aconteciam, claro, mas só para os profissionais do ramo, imprensa especializada, modelos compradores mais fiéis de cada grife. Nem estavam definidos ainda os períodos de lançamentos de cada estação. Não havia uma “semana oficial”. Do primeiro ao último desfile (em showrooms ou eventos fechados para convidados) de cada temporada, muitas vezes se passavam quatro meses. Fica impossível definir tendências locais, pois todas vinham de Paris, já estabelecidas. E pior: vinham ao contrário, já que o inverno do hemisfério norte é o nosso verão. Adaptávamos na hora que os franceses decidiam que seria a moda para dali a seis meses. Um verdadeiro samba do crioulo doido.

 O que nem é de estranhar. Colonizados que fomos, acreditamos realmente, por séculos, que tudo o que vem de fora é melhor, raciocínio cristalizado numa suposta elite. São profundas as raízes dessa dependência que também pode ser traduzida por baixa auto-estima. Foi só em 1822 que o Brasil deixou de ser colônia portuguesa. Na época do Império, os cariocas andavam nas ruas como se estivessem em Londres, o que significava usar sobrecasaca e cartola pretas. Para as mulheres, a influência era 100% francesa, e até mesmo as crianças chamavam suas mães de maman. Uma mulher elegante da época devia ter tudo importado de Paris, e tudo o que não fosse francês deixava de ser imediatamente reconhecido como chic.

 Assim, traziam-se da França vestidos de todos os tipos (das roupas de festas às do dia-a-dia), sapatos, meias, espartilhos e roupas íntimas, perfumes, maquiagem (o rouge), acessórios e luvas. Na Belle Époque, uma brasileira que saísse sem luvas não seria considerada “bem vestida”. A sombrinha completava o conjunto. As cores eram escuras: pretos, pardos e cinzentos, como era moda em Paris.

 Levando em conta o calor do Brasil, dá para imaginar o tormento pelo qual passavam as mulheres da época, mas ainda assim era possível ver aberrações como, por exemplo, capas de pele em pleno verão carioca. A tendência francesa era tiranicamente imposta também às crianças, que desde o enxoval deviam vestir-se com a moda importada. Durante o século 19, foi igualmente muito comum a importação de bonecas francesas, louras róseas, o que colaborou para criar uma associação da idéia de beleza feminina com esse tipo de mulher, fazendo com que, já naquela época, muitas mulheres pintassem seus cabelos de louro ou os oxigenassem.

 Como nem sempre as roupas francesas se ajustavam às formas do corpo da mulher brasileira, tornou-se moda também fazer modistas ou costureiras francesas. A dominação era completa.

 Data de 1901 a primeira iniciativa de fabricar produtos voltados para o clima brasileiro: sapatos feitos na Escócia. A partir daí, começou-se aos poucos a fabricar calçados e roupas também no Brasil.

 De toda forma, até os anos 30, São Paulo e Rio ainda refletiam muito a influência da cultura francesa. Paulistanos e paulistanas ricos tinham médicos e dentistas em Paris, para onde também iam freqüentar o teatro, comprar roupas e estudar. Mesmo modernistas, como Oswald de Andrade, por exemplo, viviam parte do ano em Paris.

 É a partir de então que começamos a sair do jugo francês. O catalisador das mudanças foi o clima. Aos poucos, sem renunciarem à herança da cultura européia, os brasileiros decidiram assumir sua “ecologia tropical”. O estopim foi o movimento regionalista que, irradiado de Recife na década de 20, pretendeu dar destaque positivo à cozinha do Nordeste (por meio da culinária afro-brasileira) e à medicina e (pioneiramente) à moda feita em território nacional.

 Teve início uma valorização de elementos característicos do tropicalismo brasileiro, com eco no movimento modernista do eixo Rio-São Paulo. Os recifenses influíram decisivamente na adoção de um vestuário apropriado para o clima brasileiro, substituindo o traje europeu. Os homens deixaram de usar chapéu, e o paletó não era mais imperativo para o trabalho e o lazer. Sandálias e sapatos mais esportivos entraram em voga, os trajes de banho foram liberados, e apareceram novas modas de vestidos e mesmo de penteados.

 O modernista Flávio de Carvalho (1899-1973) protagonizou dois grandes momentos da moda na cultura brasileira. No primeiro, a “Experiência n.°2”, de 1931, saiu andando com a cabeça coberta por um boné de veludo em sentido contrário, numa procissão de Corpus Christi (recusou-se a tirar o boné, o que consideraram um ato anti-religioso). Quase foi linchado. Depois, em 1944, começou a escrever sobre o que chamava de “estupidez” dos trajes masculinos nos trópicos. Seus estudos levaram à experiência do mesmo ano, quando desfilou pelas ruas de São Paulo com o “traje de verão” inventado por ele para o homem brasileiro: blusa de náilon listrada verde-amarelo, saiote pregueado verde, sandálias de couro, chapéu transparente e meia arrastão. Por baixo da blusa, um tipo de tudo de ventilação, que a deixava bufante.

 Nos anos 40, devido à Segunda Guerra Mundial e ao imperialismo de Hollywood, cresceu a influência americana no pensamento cultural em geral e na moda brasileira em particular. Mas nos anos 50 não poderíamos ter ficado imunes à suprema ditadura da alta-costura francesa, era o auge de Dior.  Felizmente, havia adaptações por conta do calor e dos bondes. O New Look carioca, por exemplo, era mais leve, feito com fustão da tecelagem Nova América e cetim de algodão da Bangu. A cultura era de fato centrada no tecido. As lojas finas (como a Casa Canadá) tinham seus modistas, que lá mesmo desenhavam peças para as clientes. A atividade das costureiras também era muito forte.

 Na falta de um estilista lato sensu, uma grande inspiração da época era o trabalho do mineiro Alceu Penna, que começou como ilustrador da revista O Cruzeiro, em 1938. Ele fazia também figurinos para shows e fantasias para bailes de carnaval (chegou a vestir Carmen Miranda) e criava roupas para os populares desfiles de miss (fez, por exemplo, uma roupa para a baiana Martha Rocha). Mas ficou famoso mesmo pelas “garotas do Alceu”. As meninas levavam às costureiras os desenhos, e, sabendo disso, Alceu procurava caprichar nos detalhes, reforçando as tendências da moda.

 Era o período em que o Brasil se industrializava, e as tecelagens acompanhavam esse processo. Em São Paulo, a tradição do comércio de roupas viera com os imigrantes judeus (que chegaram ao país nos anos 20).  As primeiras indústrias têxteis se instalaram no bairro do Bom Retiro, que a partir da década de 50 se transformou para valer num centro de comércio e confecção.

 O setor têxtil continuou crescendo, até que, em 1958, o empresário Caio de Alcântara Machado realizou a primeira Fenit (Feira Internacional das Indústrias Têxteis), reunindo tecelagens, fiações, materiais e maquinário, uma iniciativa que, embora vista com descrédito até mesmo pelos industriais, deu certo graças à garra de Alcântara Machado. Com 97 expositores no Pavilhão do Parque Ibirapuera, o primeiro ano do evento foi marcado pela preferência do consumidor brasileiro pelo náilon, que triplicava a produção. A maior parte da matéria-prima ainda era importada, mas, naquele cenário, começava-se a falar de um design brasileiro.

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