O restabelecimento da economia e a revalorização dos centros urbanos acarretaram modificações associadas à solidificação das monarquias européias e o crescimento do poder da Igreja. No final do século XI o Papa Urbano II convocou todo o povo cristão para uma cruzada rumo ao Oriente para salvar os lugares santos.
Em sucessão ao estilo românico, de aspecto pesado, campesino e horizontalizado do final da Alta Idade Média, surgiu o estilo gótico, imponente, urbano e verticalizado.
Além de uma certa unidade visual adquirida pela união dos povos em função das Cruzadas, um certo aspecto de orientalização nas vestimentas européias. Elas começaram a delinear um pouco mais na parte superior dos vestidos femininos e passaram a ter abotoamento lateral.
As mangas ganharam amplitude na altura dos punhos. O uso de véus e uma moda muito peculiar foi a barbette, uma banda de tecido que passava sob o queixo, elevada às têmporas e presa no alto da cabeça, além dos adornos e penteados sofisticados chamados bennin.
No período da Baixa Idade Média que ela começou a ganhar uma distinção: as roupas masculinas começaram a se encurtar e as femininas mantiveram-se longas.
Os homens usavam meias coloridas, calções longos chamados braies. As túnicas foram se encurtando, transformando-se no gibão. Os sapatos de bico pontudo.
A aristocracia não fazia mais em casa suas roupas, mandando elaborá-las nos mestres alfaiates.
No final da Idade Média e princípio do Renascimento foi surgindo o conceito de moda (na Borgonha, atual parte do território francês), pois os nobres locais se incomodavam com as cópias feitas de suas roupas por uma classe social mais abastada, os burgueses, também denominados mercantilistas, que surgiram com as Cruzadas.
De cunho religioso, as roupas foram ganhando também o caráter comercial. Com o comércio entre Oriente e Ocidente, surgiu uma nova classe social que tinha condições financeiras de copiar. Os nobres começaram então a diferenciar suas roupas, criando assim um ciclo de criação e cópia. O conceito de moda surgiu como um diferenciador social, de sexos e pelo aspecto de valorização da individualidade.