Ashua Curve & Plus Size amplia pontos de venda físicos no Brasil e Uruguai

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Expansão, que reforça estratégia omnicanal da marca, inaugura mais 11 espaços dedicados em lojas da Renner até o fim de 2024. Foto: Divulgação   A Ashua, marca Curve & Plus Size da Lojas Renner S.A., vai abrir 11 novos pontos de venda físicos até o fim de 2024. Os corners, como são chamados os espaços dedicados à marca e que funciona dentro de unidades da Renner, serão implementados em sete Estados brasileiros e em Montevidéu, no Uruguai. Além de reforçar a estratégia omnicanal da marca - que nasceu digital em 2016 e evoluiu para loja física em 2018 -, a expansão aproxima a marca de novos públicos. Os corners têm entre 35 e 40m² e serão inaugurados nas cidades de Goiânia (GO), Brasília (DF), Campinas (SP) e Joinville (SC). O Estado de Minas Gerais ganhará dois pontos de venda novos, sendo um em Belo Horizonte e um em Uberlândia. O mesmo ocorre com o Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Passo Fundo) e o Paraná (Londrina e Curitiba). Em Montevidéu, a Ashua implementa seu qua...

ENTRETENIMENTO: Solo multiartístico Mulher Sem Fim faz sessão única no Teatro Universitário da FOB-USP, em Bauru


Figuras históricas de mulheres são representadas por gestos, cantos e textos da atriz Andréia Nhur. Entre outras referências, são levados à cena fragmentos de Emma Bovary, Lady Macbeth, Carmen Miranda e Dadá, a cangaceira. Constituído por pequenos quadros narrativos, a obra propõe uma reflexão sobre a construção cultural da mulher no aspecto social, afetivo e subjetivo.

Mulher Sem Fim. Foto: Paola Bertolini

 

Em apresentação solo, a bailarina e atriz do grupo Katharsis Teatro, Andréia Nhur (finalista do prêmio APCA de 2015 na categoria Melhor Atriz por As Estrelas São Para Sempre?) apresenta Mulher Sem Fim no Teatro Universitário da FOB-USP (Alameda Doutor Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Cidade Universitária, em Bauru) dia 18 de junho, domingo, 20h, com entrada gratuita. O espetáculo foi contemplado com o Edital Proac-04/2022 (Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo) para circulação estadual. 

Neste trabalho, Andréia contou com colaboração dos demais integrantes do Katharsis Teatro: a musicista e bailarina Janice Vieira (sua mãe), o dramaturgo, diretor e iluminador Roberto Gill Camargo(seu pai) e a atriz e produtora Paola Bertolini. Em cena, a artista dança, canta e representa em uma narrativa descontínua corpos de mulheres tomados pelos contextos em que elas vivem.

O trabalho anuncia relações corpóreas e sonoras sobre construção do feminino, opressão, liberdade, loucura, devaneio, poder, resistência e infinitude, por meio de uma proposta estética que mistura dança contemporânea, teatro, música e performance. A estrutura cênica se ancora na fisicalidade e na vocalidade, trazendo questões femininas e feministas em movimento intermitente.

Tangenciando as narrativas críticas da opressão e fracasso do corpo feminino diante do patriarcado, o solo abre frestas para uma outra abordagem: não se trata de uma peça-denúncia, mas de uma peça-dança-multilíngue enunciada por um corpo que constrói e destitui exaustivamente sua cisgeneridade para dar vasão a leituras e reflexões abertas sobre a condição feminina.

Para criar o solo, Andréia recorreu a um recurso central na pesquisa do Katharsis – a busca da materialidade da cena antes de algum significado imediato – as mulheres construídas por Andréia transitam de uma para a outra por associações que se mostram em seus gestos e textos. "No Katharsis buscamos as associações antes dos significados. Procuramos entender onde o gesto, a voz e outros elementos conduzem o corpo", explica Andréia. 

Sendo assim, a representação de uma reza árabe vira a imagem de uma escultura de Afrodite para logo em seguida se tornar a canção Jesus, Alegria dos Homens, de Bach. "As culturas vão se transformando no corpo a partir do que cada som ou movimento lembra. A partitura corre pelo meu corpo e chega nas imagens dos cantos, por exemplo", conta a artista. 

Em alguns dos quadros, a atriz referencia personagens femininas conhecidas mundialmente, como Emma Bovary, do romance francês de Gustave Flaubert Madame Bovary, e Lady Macbeth, da peça Macbeth, de William Shakespeare. 

"A visão que Emma criou da liberdade está muito associada ao que um homem poderia oferecer a ela. Emma é uma espécie de heroína aprisionada, porque tudo que existia em seu universo era parte de uma construção masculina", avalia Andréia. Sobre Lady Macbeth, ela pontua o fato de que ambicionar o poder e arquitetar sua liberdade – e a de seu marido – lhe custou a vida. 

Andréia também reproduz o canto de uma pastora cristã para experimentar o que "a voz da religião pode fazer com a voz de uma mulher" e se referencia a mulheres assassinadas por regimentos totalitários na história universal, como Joana D'arc, queimada viva, e Mary Stuart, decapitada.

A artista ainda conduz o público num canto à Nossa Senhora do Rosário que resulta do relato de Dadá, esposa de Corisco (cangaceiro de Lampião) - cuja morte foi fundamental para o enfraquecimento do cangaço - e passa por uma menção à cantora e atriz luso-brasileira Carmen Miranda. 

"São várias narrativas que se encerram e chegam nas outras", sintetiza Andréia, reforçando no entanto que o que conduz Mulher Sem Fim é a narrativa de mulheres vivendo nos limites do que suas culturas oferecem. Como definiu o crítico boliviano Mijail Zapata, "corpo e feminismo são os dois materiais que formam o canto de 'Mulher Sem Fim'".

Gill Camargo, iluminador e provocador no espetáculo, diz que a ideia dramatúrgica de Mulher Sem Fim acontece em abismos, se aprofundando em várias camadas e seguindo a estrutura de um espelhamento infinito. O conceito observado por Gill foi cunhado em 1893 pelo escritor francês André Gide.

 

Sinopse Curta

Mulher sem fim é uma peça multiartística que transita entre dança, teatro, música e performance para edificar um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias de diversas culturas. De Madame Bovary a Lady Macbeth, passando por Carmen Miranda, o trabalho traça uma dramaturgia da transformação corpórea de uma performer que desenha e apaga sua própria identidade de gênero, por meio de citações de outras mulheres.

 

APRESENTAÇÕES E FESTIVAIS

Mostra Mulheres que Inspiram -2022 (São José dos Campos)

Sesc Ribeirão Preto - 2022

Mostra Mulheres em Cena – 2021 (São Paulo)

Festival Internacional da Novadança -2021 (Brasília)

Destelheide Center -2020 (Dworp/Bélgica)

Mostra Uns e Outros – Curitiba - 2019 (Brasil)

Sesc Sorocaba – 2019 (Brasil)

FITAZ-Festival Internacional de Teatro de La Paz – 2018 (Bolívia)

Mostra Latino-Americana de Dança- São Paulo -2018 (Brasil)

Mostra Mirante na Dança – Botucatu- 2018 (Brasil)

Festival Internacional de Dança de Londrina – 2018 (Brasil)

Teatro da Universidade de São Paulo – São Paulo/2017 (Brasil)

Mostra Só Solos - São Paulo/2017 (Brasil)

Danzènica- Encuentro Internacional de Danza Contemporánea em La Paz - 2017 (Bolívia)

 

Ficha Técnica

Texto, Criação e Performance: Andréia Nhur

Colaboradores: Janice Vieira, Paola Bertolini e Roberto Gill Camargo

Iluminação: Roberto Gill Camargo

Produção, Fotos e Operação de Luz: Paola Bertolini

Duração: 45 minutos | LIVRE

 

Serviço

Mulher Sem Fim

Dia 18 de junho, domingo, 19h

Local: Teatro Universitário da FOB-USP (Alameda Doutor Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Cidade Universitária, em Bauru)

Duração: 45 minutos

Classificação: Livre

Ingressos: Grátis (Chegar com 1h de antecedência)

 


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