NEGÓCIOS: Black Friday - Com 12% de ruptura, varejo online de bem estar perdeu até R$ 5 milhões com falta de produtos
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Dados exclusivos mapeados pela Logstore indicam que o varejo online sofreu com a ausência de produtos na gôndola
A Black Friday acabou e, como de costume, movimentou milhares de reais em produtos. Consagrado como um dos principais eventos comerciais do ano, sua estimativa era movimentar mais de R$ 4.2 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Apesar dos números altos, alguns segmentos poderiam ter se saído ainda melhor nas vendas.
Dados exclusivos mapeados pela Logstore, startup especializada no varejo online, indicam que o varejo de bem estar pode ter perdido até R$ 5 milhões com a taxa de ruptura, ou seja, a falta de produtos. O estudo analisou a movimentação de 536 mil produtos dos segmentos de farmácias e drogarias, home center, supermercados e joalheria no ambiente online.
Segundo os dados da Logstore, a ruptura no varejo online atingiu 12%. Levando em conta o ticket médio de cada segmento, é possível que o varejo tenha perdido ao menos R$ 5 milhões com a falta de produtos. Para Helson Santos, CEO da Logstore, a ruptura ainda é um dos principais problemas do varejo no ambiente digital.
"A falta de produtos na gôndola é um problema para as marcas, sobretudo, porque impacta as empresas de várias formas. O prejuízo para o varejista não está apenas no dinheiro que ele deixou de receber, mas também na experiência do cliente, que pode ficar insatisfeito e não querer voltar a comprar na loja", explica.
O executivo explica que isso ocorre porque, muitas vezes, todos esses eventos funcionam de forma conectada. "Se você não tem o produto que o cliente quer, ele pode ir comprar na concorrência, e se lá o atendimento for melhor, pode ser que ele demore a voltar. Então, você não deixa de ganhar apenas com aquela venda, mas também com outras operações futuras", prossegue.
Ainda de acordo com os dados, menos de 1% aceitaram trocar o produto por outro, enquanto 11% preferiram cancelar a compra. "Quando o cliente aceita a troca de produto, o varejista consegue reduzir em algum nível o impacto financeiro, mas ainda assim é importante ressaltar que há uma quebra de expectativa quanto à experiência ofertada, o que pode prejudicar o NPS da empresa, por exemplo", afirma.
A despeito dos índices, Helson pondera que é normal em grandes eventos comerciais a taxa de ruptura aumentar um pouco mais em razão da grande demanda do público e oferta para itens específicos, é necessário pensar em meios para contornar o problema. "Não se pode deixar de buscar soluções para reduzir o impacto da ruptura no negócio. O investimento em tecnologia, bem como a estruturação de canais, são estratégias que podem ajudar as empresas a reduzirem tais índices", conclui.
Sobre a Logstore
Fundada em 2017 por Helson Santos e Diego Dias, a Logstore, com sede em São Paulo, conecta o comércio digital às lojas físicas por meio de softwares como serviço (Saas, na singla em inglês), ampliando a integração entre o varejo físico e o digital. A plataforma phygital da Logstore fornece recursos ponta-a-ponta para os clientes que buscam realizar vendas com entrega ou retirada a partir de suas lojas possam gerenciar todo o ciclo de vida dos pedidos em uma única solução global. Com foco em entregar a melhor experiência aos consumidores após a compra, a plataforma já atende mais de 500.000 pedidos por mês em todo o Brasil e marcas como Vivara, Leroy Merlin, Grupo DPSP (Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco) e Grupo Mundial Mix são algumas das empresas atendidas pela startup.
